quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dolar

O dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 4. Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em dólar nem pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto deixou o brasileiro mais pobre. "O impacto da alta do dólar na vida das pessoas vai chegar a todos, inclusive à dona de casa", diz Edgar de Sá, economista-chefe da FN Capital. Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio, segundo o professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV Clemens Nunes. Segundo ele, o Brasil está em situação de desequilíbrio fiscal, o que mostra que o governo gasta mais do que ganha, e os investidores não enxergam uma solução sustentável para esse problema num futuro próximo. "Não há perspectiva de melhora. A consequência disso é que o real se desvaloriza e ficamos mais pobres. Perdemos poder de compra em relação ao resto do mundo." Qual é o primeiro impacto do dólar mais alto? A alta do dólar afeta a vida das pessoas comuns porque puxa a inflação para cima. Muitas matérias-primas são importadas --como trigo, gás e gasolina. Isso provoca um aumento do pãozinho, do macarrão, da gasolina, por exemplo. Além disso, alguns produtos que são produzidos aqui no Brasil também têm seu preço atrelado ao dólar. É o caso da soja, da carne, do café, do açúcar, do milho. Mesmo que eles sejam produzidos no país, quando o dólar está mais caro fica mais vantajoso para o produtor exportar. Então, se ele mantém o produto para ser vendido aqui dentro, ele vai querer receber mais por isso. Outra maneira pela qual a alta do dólar influencia os preços é que, com o produto importado mais caro, os produtos nacionais acabam também sofrendo um reajuste. "Os produtores aproveitam a alta do importado para aumentar a margem de lucro do nacional também", diz Nunes. Para ele, no curto prazo alguns setores podem até ser beneficiados com a alta do dólar (ver abaixo). "Mas no médio e longo prazo, todos perdem, pois a moeda não está desvalorizada por uma escolha, mas porque a economia está enfraquecida." Quem ganha Balança comercial – A balança comercial é a relação entre as exportações e importações de um país. Com o aumento do dólar, fica mais caro importar e mais barato exportar, o que ajuda a equilibrar essa conta. A balança vem apresentando resultados positivos graças à alta do dólar. Em agosto, por exemplo, a balança apresentou o melhor resultado em três anos Empresas exportadoras – por terem custos em reais e receitas em dólar, essas empresas se beneficiam da alta da moeda norte-americana. Exemplos são as empresas de papel e celulose e do setor agrícola exportador, como produtoras de soja e de suco de laranja. Esses setores ficam mais competitivos lá fora, mas isso não significa que as exportações vão aumentar imediatamente. "As empresas têm que buscar o mercado lá fora que perderam antes, com o real valorizado", diz Nunes. Além disso, a economia mundial não está tão aquecida para que haja muita procura pelos produtos brasileiros. "Tirando os Estados Unidos, ainda estão meio mal das pernasa Europa, China e Mercosul" Empresas voltadas ao mercado interno – Essas empresas se beneficiam da alta do dólar pois sofrem menos competição dos produtos importados Turismo doméstico – o turismo nacional deve ganhar fôlego com a desistência dos brasileiros de tirar férias no exterior. Mesmo assim, não é esperado um aumento muito grande porque, apesar de o dólar estar mais caro, a economia brasileira como um todo está mais fraca. "As pessoas estão preocupadas com a crise e evitam gastar", afirma Edgar de Sá, economista-chefe da FN Capital Quem perde Consumidor final – Os aumentos de custos na economia são invariavelmente repassados para o consumidor, que sofre com a inflação e a perda do seu poder de compra Empresas importadoras – As indústrias que vendem produtos importados ou que dependem substancialmente de matérias-primas importadas são prejudicadas com a alta do dólar. Exemplos são a indústria química, farmacêutica, revenda de carros importados, de perfumes, chocolates, vinho importado. "Vai depender da capacidade delas de repassar a alta dos custos ao consumidor", diz Nunes. Empresas que tenham dívidas em dólar – Se a empresa fez dívidas em dólar para compra de equipamentos ou insumos e não tem mecanismos de proteção (hedge cambial) para pagamento dessa dívida, está com um problema muito grande agora, afirma Luiz Fernando Roxo, economista da ZenEconomics Pessoas que fizeram gastos no cartão de crédito no exterior – Além do custo de 6,38% de IOF, o aumento do dólar faz com que o gasto no exterior seja bastante aumentado. É por isso que os especialistas não indicam fazer gastos expressivos com cartão de crédito no exterior, mas deixar seu uso apenas para emergências Fonte site: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/09/23/dolar-mais-alto-deixa-o-brasileiro-mais-pobre-veja-quem-ganha-e-quem-perde.htm. Acesso em 23 de setembro de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

Carga tributária vai acima de 40%. E agora?

. Entre os economistas que acompanham as contas públicas, existe quase um consenso de que a equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já conseguiu algo como 0,7% ou 0,8% da meta de 1,2% do Produto Interno Bruto para o superávit primário (a economia para o pagamento de juros da dívida). Mas cresce também o consenso de que, como ocorreu em outras ocasiões em que o Estado gastou mais do que podia, que haverá aumento de carga tributária. Alguns já têm até uma projeção de quanto será a conta para o contribuinte. “Aposto com qualquer um que teremos entre 2015 e 2016 um aumento de pelo menos 2 pontos porcentuais: a carga tributária vai superar 40% do PIB”, diz o economista Mansueto Almeida. “Acho terrível e isso vai comprometer o crescimento do País, mas não haverá outra alternativa porque este é um ajuste muito complicado de ser feito.” Segundo Mansueto, a reestruturação das contas públicas pode não se restringir a 2015. “Vai se estender por 2016 e não ficaria surpreso se perdurasse por todo o governo Dilma”, diz Mansueto. Em sua projeção, ele leva em consideração que as receitas estão em queda, por causa do baixo crescimento, mas estão previstos aumentos de despesas e há muitas contas pendentes criadas na gestão anterior. Em março do ano passado, por exemplo, o governo foi generoso com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Abdicou de pagamentos de juros que cobriam repasses feitos pelo Tesouro Nacional. A carência foi estendida. “O principal de uma dívida do BNDES de R$ 194 bilhões foi renegociada e só começa a ser pago em 2040”, diz. Levy já fez algumas mudanças na estrutura dos gastos que ajudam. Se enquadram, neste caso, alterar as regras de concessão de abono salarial e seguro-desemprego. Mas também adiou investimentos e gastos. Muitos deles não poderão ficar represados por muito tempo. É o caso dos recursos para a educação. Entre janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, as instituições federais de ensino sofreram uma redução de quase 34% na verba dirigida ao seu funcionamento. “Não há como segurar coisas assim por muito tempo”, diz o economista. “Em algum momento será preciso elevar a tributação.” . FONTE SITE http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economiaenegocios/carga-tribut%C3%A1ria-vai-acima-de-40percent-diz-economista/ar-AA9wgKY. acesso em 09 de marco de 2015

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Lucros do Instragram devem chegar a US$ 5,8 bilhões em cinco anos.

A decisão de Mark Zuckerberg de comprar o Instagram se mostra cada vez mais inteligente. Segundo projeções e estimativas dos analistas da consultoria Cowen & Co., o aplicativo de compartilhamento de fotos vai faturar US$ 5,8 bilhões (cerca de R$ 16,6 bilhões) em 2020. A projeção usa os dados de crescimento do interesse das marcas anunciantes e o número de usuários, além dos valores dos lucros deste ano, que chegarão aos US$ 700 milhões. “Levando em conta a escala de usuários, o interesse dos anunciantes, as mudanças tecnológicas nos meios midiáticos e capacidade de monetização do Facebook, estamos confiantes que o Instagram irá pular de US$ 0,7 bilhão em 2015 para US$ 5,8 bilhões em 2020”, disse um dos analistas no documento. O Facebook comprou o aplicativo por US$ 1 bilhão em 2012 e esperou até o fim de 2012 para introduzir anúncios e gradualmente começar a lucrar com o serviço. Após a declaração das estimativas positivas do Instagram para os próximos anos, as ações da rede social subiram quase 3,5%. Fonte site http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economiaenegocios/lucros-do-instragram-devem-chegar-a-usdollar-58-bilh%C3%B5es-em-cinco-anos/ar-BBhNpq0. acesso em 22 de fevereiro de 2015.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sinais de que as finanças do seu negócio estão no vermelho

Estruturar financeiramente uma empresa não é tarefa fácil. É uma atividade dinâmica e, ao longo do processo, o empreendedor pode se deparar com situações corriqueiras e outras que fogem do seu planejamento. De maneira geral, a empresa necessita de recursos financeiros para dois tipos de aplicações básicas: para capital de giro, ou seja, para as necessidades operacionais; e para investimentos. O planejamento financeiro de curto prazo é essencial para a empresa, pois tem como objetivo garantir o fluxo de recursos responsável pelas operações do seu dia a dia. Para evitar que problemas relacionados ao capital de giro afetem o caixa da empresa, é importante que o empreendedor fique atento aos sinais de desequilíbrio e acompanhe de perto todo o processo financeiro, para que possa tomar as medidas necessárias com maior velocidade e assertividade. Quanto aos investimentos, o requisito básico é que integrem o planejamento financeiro de longo prazo, haja vista o prazo de retorno mais alongado. Veja alguns sinais que sua empresa pode estar lhe dando de que irá precisar de uma injeção de capital. Alguns deles podem ter a mesma causa: 1. Endividamento de curto prazo Pequenas e médias empresas têm dificuldade para determinar a necessidade de capital de giro, porém essa é uma das tarefas fundamentais para o bom andamento financeiro do negócio. A forma mais usual para financiar a necessidade de capital de giro é tomar recursos financeiros em curto prazo, seja descontando duplicatas ou sob a forma de empréstimos. Porém, se perceber que este endividamento está crescendo e o volume de suas atividades não, cuidado, há algo que merece atenção. 2. Descontrole de fluxos de caixa Não há dúvida de que pior do que gerenciar os descontroles de fluxos de caixa é não ter nenhuma ferramenta de acompanhamento dos fluxos de caixa. Considerando que a sua empresa possui uma ferramenta de acompanhamento, que pode ser uma simples planilha eletrônica, os “descasamentos” frequentes entre as necessidades de recursos e as disponibilidades financeiras indicam que há uma falha em seu planejamento, que pode levar a empresa a tomar recursos emergenciais e, portanto, mais caros. 3. Falta de controle de despesas, custos e investimentos Um acompanhamento eficiente do comportamento dos custos, despesas e investimentos é imprescindível para evitar surpresas desagradáveis. Uma forma simples de gerenciar os gastos é através de acompanhamento orçamentário. Planeje os gastos em função de um objetivo. A ocorrência de um prejuízo ou necessidade de recursos de terceiros pode muito bem ser absorvida pela empresa, desde que se justifique como um sacrifício necessário e previsto. 4. Quedas no faturamento e estagnação nas vendas Quando se detecta que as vendas não têm crescido em comparação com o crescimento do mercado ou, ainda pior, que elas têm diminuído, tem-se um sinal claro de que algo precisa ser repensado. Duas ações podem ser tomadas em casos como esses: vender mais, desde que com lucro, e fazer uma análise fina na estrutura de custos. Nesse sentido, é preciso rever as estratégias de marketing, posicionamento, análise de produto, novos clientes, nichos e oportunidades. Além de analisar as despesas e mesmo investimentos, que possa reduzir os gastos de forma compatível com o novo nível de receitas. Se nada disso for feito, haverá necessidade de capital adicional para financiamento das atividades até o limite da viabilidade. 5. Uso de cheque especial e contas garantidas Um sintoma muito fácil para se identificar problemas de gestão financeira é o uso frequente, contínuo e indiscriminado do limite do cheque especial ou conta garantida. Estes estão entre os recursos financeiros mais caros que a empresa pode tomar. Algumas vezes, temos a necessidade de usar aquilo que estiver ao nosso alcance, porém, quando isso deixa de ser exceção e passar a ser regra, cuidado, há algo errado. Analise o seu planejamento, reveja o seu fluxo de caixa e tome alguma atitude para alongar o perfil do endividamento e reduzir o seu custo. O processo de gestão financeira das organizações é composto por um conjunto de atividades dinâmicas que, pela sua natureza, requerem ajustes constantes. Isso exige do empreendedor um rigor no planejamento, ter atenção aos sinais do mercado e disciplina na gestão do caixa. - Luiz W. Jung Fonte site: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/financaspessoais/5-sinais-de-que-as-finan%C3%A7as-do-seu-neg%C3%B3cio-est%C3%A3o-no-vermelho/ar-AA8G5M4. acesso em 05 de fevereiro de 2015