segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Preocupação fiscal de 2023

. BRASÍLIA (Reuters) - O quadro fiscal de 2023 gera preocupação diante da discussão sobre continuidade de medidas temporárias implementadas pelo governo, disse nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em debate sobre inflação promovido pelo Instituto Millenium, Campos Neto afirmou que a questão é como será o financiamento dessas medidas a partir do ano que vem, em referência aos programas sociais reforçados temporariamente pelo governo e o Congresso. Câmera de vigilância Wi-Fi e sem fio com 40% de desconto Publicidade Alarmes Verisure Câmera de vigilância Wi-Fi e sem fio com 40% de desconto “Vocês têm um instituto liberal então conhecem uma frase famosa: não existe nada mais permanente do que um programa temporário do governo, isso é uma coisa que nos aflige. Hoje o mercado tem uma ansiedade para entender como vai ser o fiscal do ano que vem, os programas que foram implementados, se forem continuados, como serão financiados”, disse. Líderes nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro já prometeram manter o valor do Auxílio Brasil em 600 reais a partir do ano que vem. A medida em vigor hoje permite o pagamento adicional apenas até dezembro, com o benefício retornando ao patamar de 400 reais em janeiro do ano que vem. Embora tenha demonstrado preocupação com o futuro das contas públicas, Campos Neto afirmou que o fiscal teve surpresa muito positiva, ressaltando que o governo “não caiu na tentação de indexar” ao, por exemplo, não reajustar os salários do funcionalismo público. Na apresentação, o presidente do BC disse que as expectativas do mercado para a inflação a partir do ano que vem têm subido e que há uma diferença entre a interpretação de analistas e a do BC. Segundo ele, a razão está no fato de o mercado fazer uma correlação mais alta entre expectativa para 2023 e dados correntes, além de haver diferenças nas análises de componentes como os industriais e o hiato da atividade. A estimativa mais recente do BC aponta para um IPCA em 6,8% no fim de 2022, 4,6% em 2023 e 2,7% em 2024. O mercado, conforme boletim Focus divulgado nesta segunda, projeta o índice em 7,02% neste ano, 5,38% em 2023 e 3,41% em 2024, com movimento de queda no ano corrente e alta nos exercícios seguintes. O presidente do BC destacou a surpresa positiva no mercado de trabalho brasileiro, afirmando que “nunca imaginaria” estar falando em taxa de desemprego abaixo de 9%. Enfatizando ser difícil estimar a taxa neutra de desemprego no país --que não pressiona nem desacelera a inflação--, ele afirmou que ainda há margem no mercado de trabalho e estimou que o dado provavelmente cairá para perto de 8,5%. Nos três meses até junho, último dado disponível, o desemprego no país recuou a 9,3%, menor patamar para o período desde 2015, segundo dados do IBGE. FOCO DE 2024 Após o BC decidir dar ênfase à inflação acumulada em doze meses no primeiro trimestre de 2024, que agora faz parte do horizonte relevante da política monetária, Campos Neto disse que essa opção foi feita porque o BC entendeu que melhoraria a "função reação" do BC. “Estamos ainda olhando o que é a meta no ano fechado, mas nosso horizonte é ajustado”, disse. No período de 12 meses encerrados no primeiro trimestre de 2024, o BC projeta uma inflação de 3,5%. Na decisão do Comitê de Política Monetária no início de agosto, a autoridade monetária disse que o modelo foi adotado porque suaviza os efeitos diretos das mudanças tributárias implementadas pelo governo este ano, com desonerações temporárias que se encerram em dezembro. Campos Neto disse nesta segunda que a inflação atual claramente teve melhora após as medidas, mas ainda é necessário entender como as iniciativas vão se dissipar nas cadeias. “A gente olha a inflação mais no longo prazo, o nosso horizonte relevante é mais longe, a gente não é tão guiado pelo instante.” Ele ressaltou que preços administrados --impactados pelas reduções tributárias-- estão caindo, mas serviços ainda estão em alta. Sobre o cenário externo, o presidente do BC afirmou que pode estar se iniciando nos Estados Unidos uma janela de baixa do crescimento econômico, com risco de recessão, e inflação ainda elevada. “Essa é a janela que me preocupa”, disse. Ele ponderou que o componente de desaceleração da atividade global tende a ser mais forte sobre a inflação brasileira do que a depreciação cambial que seria gerada por uma fuga de capitais com a alta de juros em economias avançadas. Por Bernardo Caram. Fonte site: https://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios/existe-preocupa%C3%A7%C3%A3o-com-fiscal-de-2023-e-continuidade-de-medidas-tempor%C3%A1rias-diz-campos-neto/ar-AA10FYd2?ocid=finance-verthp-feeds&cvid=eb5554bd54bc499a846d7af6c7d5f216

sábado, 7 de novembro de 2020

Apontamentos que seu negocio talvez esteja no vermelho

Estruturar financeiramente uma empresa não é tarefa fácil. É uma atividade dinâmica e, ao longo do processo, o empreendedor pode se deparar com situações corriqueiras e outras que fogem do seu planejamento. De maneira geral, a empresa necessita de recursos financeiros para dois tipos de aplicações básicas: para capital de giro, ou seja, para as necessidades operacionais; e para investimentos. O planejamento financeiro de curto prazo é essencial para a empresa, pois tem como objetivo garantir o fluxo de recursos responsável pelas operações do seu dia a dia. Para evitar que problemas relacionados ao capital de giro afetem o caixa da empresa, é importante que o empreendedor fique atento aos sinais de desequilíbrio e acompanhe de perto todo o processo financeiro, para que possa tomar as medidas necessárias com maior velocidade e assertividade. Quanto aos investimentos, o requisito básico é que integrem o planejamento financeiro de longo prazo, haja vista o prazo de retorno mais alongado. Veja alguns sinais que sua empresa pode estar lhe dando de que irá precisar de uma injeção de capital. Alguns deles podem ter a mesma causa: 1. Endividamento de curto prazo Pequenas e médias empresas têm dificuldade para determinar a necessidade de capital de giro, porém essa é uma das tarefas fundamentais para o bom andamento financeiro do negócio. A forma mais usual para financiar a necessidade de capital de giro é tomar recursos financeiros em curto prazo, seja descontando duplicatas ou sob a forma de empréstimos. Porém, se perceber que este endividamento está crescendo e o volume de suas atividades não, cuidado, há algo que merece atenção. 2. Descontrole de fluxos de caixa Não há dúvida de que pior do que gerenciar os descontroles de fluxos de caixa é não ter nenhuma ferramenta de acompanhamento dos fluxos de caixa. Considerando que a sua empresa possui uma ferramenta de acompanhamento, que pode ser uma simples planilha eletrônica, os “descasamentos” frequentes entre as necessidades de recursos e as disponibilidades financeiras indicam que há uma falha em seu planejamento, que pode levar a empresa a tomar recursos emergenciais e, portanto, mais caros. 3. Falta de controle de despesas, custos e investimentos Um acompanhamento eficiente do comportamento dos custos, despesas e investimentos é imprescindível para evitar surpresas desagradáveis. Uma forma simples de gerenciar os gastos é através de acompanhamento orçamentário. Planeje os gastos em função de um objetivo. A ocorrência de um prejuízo ou necessidade de recursos de terceiros pode muito bem ser absorvida pela empresa, desde que se justifique como um sacrifício necessário e previsto. 4. Quedas no faturamento e estagnação nas vendas Quando se detecta que as vendas não têm crescido em comparação com o crescimento do mercado ou, ainda pior, que elas têm diminuído, tem-se um sinal claro de que algo precisa ser repensado. Duas ações podem ser tomadas em casos como esses: vender mais, desde que com lucro, e fazer uma análise fina na estrutura de custos. Nesse sentido, é preciso rever as estratégias de marketing, posicionamento, análise de produto, novos clientes, nichos e oportunidades. Além de analisar as despesas e mesmo investimentos, que possa reduzir os gastos de forma compatível com o novo nível de receitas. Se nada disso for feito, haverá necessidade de capital adicional para financiamento das atividades até o limite da viabilidade. 5. Uso de cheque especial e contas garantidas Um sintoma muito fácil para se identificar problemas de gestão financeira é o uso frequente, contínuo e indiscriminado do limite do cheque especial ou conta garantida. Estes estão entre os recursos financeiros mais caros que a empresa pode tomar. Algumas vezes, temos a necessidade de usar aquilo que estiver ao nosso alcance, porém, quando isso deixa de ser exceção e passar a ser regra, cuidado, há algo errado. Analise o seu planejamento, reveja o seu fluxo de caixa e tome alguma atitude para alongar o perfil do endividamento e reduzir o seu custo. O processo de gestão financeira das organizações é composto por um conjunto de atividades dinâmicas que, pela sua natureza, requerem ajustes constantes. Isso exige do empreendedor um rigor no planejamento, ter atenção aos sinais do mercado e disciplina na gestão do caixa. - Luiz W. Jung Fonte site: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/financaspessoais/5-sinais-de-que-as-finan%C3%A7as-do-seu-neg%C3%B3cio-est%C3%A3o-no-vermelho/ar-AA8G5M4.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Multifuncional

Sim. O Colaborador tem que ser multifuncional. Segundo as ultimas pesquisas e analise de mercado o colaborador tem que ser multifuncional para a empresa, de olhar estratégico e atender aquilo que pode ser de sua alçada. Precisamos observar o mercado já que com novas reformas, atualizações e alto custo trabalhista o “Colaborador Multifuncional” tem que ser valorizado. Vivemos em um Mundo competitivo, dinâmico e repleto de oportunidades, mas muitas vezes não estamos qualificados. Deixamos para depois cursos, aprendizagens, renovações, qualificações e então perdemos mercado. Em dadas situações consumimos nossa energia para buscar um novo emprego, mas não nos atualizamos e muitas vezes o maior “ladrão de energia” é você querer fazer aquilo na hora em que aquilo, não pode ser feito. O Colaborador moderno soma tudo que tem e compartilha com a Empresa, entre eles dedicação, afinidade e comprometimento. Se comprometer com a Empresa só vai gerar sucesso profissional e terá que saber lidar com as chances de carreira sempre.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Brasil sairá da crise em 2017?

Dentro de um cenário econômico e as expectativas de recuperação da economia brasileira têm melhorado, mas ainda não será em 2017 que o país vai sair da crise. Com os dados apresentados em 2016 não consigo imaginar uma saída tão rápida dessa recessão. Uma recessão longa, profunda, similar à dos anos 80 e, sem dúvida, baixo crescimento neste ano. A “desinflação” tem ocorrido em ritmo lento e destaco que mesmo com as dificuldades provocadas na economia pelos reflexos da Operação Lava Jato, não existe opção para o país além de fazer as reformas. Quando a situação econômica melhora de alguma forma os políticos são bem avaliados. Tem que trabalhar para dar os incentivos corretos e tentar arrumar a economia de forma a colocar novamente produção, consumo e capital para tal. Não é fácil! Nosso desafio é grande: previdência, trabalhista e tributaria. Isso para começar. É essa visão um pouco mais otimista. Não quer dizer que vamos resolver todos os problemas em 2017. O cenário de curto prazo reflete esses problemas tão grandes da nossa economia.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O Brasil precisa de uma reforma dos tributos

Se fizermos adequações a curto prazo na Tributação, contraditoriamente, haverá uma queda na arrecadação. A defasagem é relativamente grande, chegamos ao um ponto em que a sociedade já está saturada, cansada e frustrada em relação aos tributos. O aumento dos tributos alcançou um limite no Brasil onde principalmente o Empresariado tem se transformando, devida a grande carga tributaria e onerosidade trabalhista, e deixando muitas de contratar ou fechando portas. O pensamento é simples: podemos aumentar a arrecadação até determinado ponto. Se passarmos desse limite, a arrecadação começa a cair porque os contribuintes não conseguem dar conta da tributação e a atividade econômica despenca. Esse limite já foi superado. Por isso, toda e qualquer tentativa - seja via CPMF, IR (um dos nossos vilões) ICMS que os governos estaduais tanto disputam, aumento de PIS, da COFINS – já passaram um pouco do limite. É complicado falar de aumento de impostos sem discutir a base do problema nas contas publicas brasileiras. O governo conta só parte da história quando opta por dizer que a tributação dos mais ricos, em comparação com os países da “Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)” - é pequena e omite admitir que a tributação sobre o consumo já é muito alta. É preciso uma rápida e urgente reforma tributaria, diga que nunca sai do papel e equacionar o sistema tributário criando um sistema de tributação única como o Imposto de valor Agregado – ( IVA ). Simplificar o sistema para coibir a sonegação e implantar sistema de incentivo para que as Políticas publicas aplicadas tenham eficiência e garantias para com o Estado(leia população).

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dolar

O dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 4. Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em dólar nem pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto deixou o brasileiro mais pobre. "O impacto da alta do dólar na vida das pessoas vai chegar a todos, inclusive à dona de casa", diz Edgar de Sá, economista-chefe da FN Capital. Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio, segundo o professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV Clemens Nunes. Segundo ele, o Brasil está em situação de desequilíbrio fiscal, o que mostra que o governo gasta mais do que ganha, e os investidores não enxergam uma solução sustentável para esse problema num futuro próximo. "Não há perspectiva de melhora. A consequência disso é que o real se desvaloriza e ficamos mais pobres. Perdemos poder de compra em relação ao resto do mundo." Qual é o primeiro impacto do dólar mais alto? A alta do dólar afeta a vida das pessoas comuns porque puxa a inflação para cima. Muitas matérias-primas são importadas --como trigo, gás e gasolina. Isso provoca um aumento do pãozinho, do macarrão, da gasolina, por exemplo. Além disso, alguns produtos que são produzidos aqui no Brasil também têm seu preço atrelado ao dólar. É o caso da soja, da carne, do café, do açúcar, do milho. Mesmo que eles sejam produzidos no país, quando o dólar está mais caro fica mais vantajoso para o produtor exportar. Então, se ele mantém o produto para ser vendido aqui dentro, ele vai querer receber mais por isso. Outra maneira pela qual a alta do dólar influencia os preços é que, com o produto importado mais caro, os produtos nacionais acabam também sofrendo um reajuste. "Os produtores aproveitam a alta do importado para aumentar a margem de lucro do nacional também", diz Nunes. Para ele, no curto prazo alguns setores podem até ser beneficiados com a alta do dólar (ver abaixo). "Mas no médio e longo prazo, todos perdem, pois a moeda não está desvalorizada por uma escolha, mas porque a economia está enfraquecida." Quem ganha Balança comercial – A balança comercial é a relação entre as exportações e importações de um país. Com o aumento do dólar, fica mais caro importar e mais barato exportar, o que ajuda a equilibrar essa conta. A balança vem apresentando resultados positivos graças à alta do dólar. Em agosto, por exemplo, a balança apresentou o melhor resultado em três anos Empresas exportadoras – por terem custos em reais e receitas em dólar, essas empresas se beneficiam da alta da moeda norte-americana. Exemplos são as empresas de papel e celulose e do setor agrícola exportador, como produtoras de soja e de suco de laranja. Esses setores ficam mais competitivos lá fora, mas isso não significa que as exportações vão aumentar imediatamente. "As empresas têm que buscar o mercado lá fora que perderam antes, com o real valorizado", diz Nunes. Além disso, a economia mundial não está tão aquecida para que haja muita procura pelos produtos brasileiros. "Tirando os Estados Unidos, ainda estão meio mal das pernasa Europa, China e Mercosul" Empresas voltadas ao mercado interno – Essas empresas se beneficiam da alta do dólar pois sofrem menos competição dos produtos importados Turismo doméstico – o turismo nacional deve ganhar fôlego com a desistência dos brasileiros de tirar férias no exterior. Mesmo assim, não é esperado um aumento muito grande porque, apesar de o dólar estar mais caro, a economia brasileira como um todo está mais fraca. "As pessoas estão preocupadas com a crise e evitam gastar", afirma Edgar de Sá, economista-chefe da FN Capital Quem perde Consumidor final – Os aumentos de custos na economia são invariavelmente repassados para o consumidor, que sofre com a inflação e a perda do seu poder de compra Empresas importadoras – As indústrias que vendem produtos importados ou que dependem substancialmente de matérias-primas importadas são prejudicadas com a alta do dólar. Exemplos são a indústria química, farmacêutica, revenda de carros importados, de perfumes, chocolates, vinho importado. "Vai depender da capacidade delas de repassar a alta dos custos ao consumidor", diz Nunes. Empresas que tenham dívidas em dólar – Se a empresa fez dívidas em dólar para compra de equipamentos ou insumos e não tem mecanismos de proteção (hedge cambial) para pagamento dessa dívida, está com um problema muito grande agora, afirma Luiz Fernando Roxo, economista da ZenEconomics Pessoas que fizeram gastos no cartão de crédito no exterior – Além do custo de 6,38% de IOF, o aumento do dólar faz com que o gasto no exterior seja bastante aumentado. É por isso que os especialistas não indicam fazer gastos expressivos com cartão de crédito no exterior, mas deixar seu uso apenas para emergências Fonte site: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/09/23/dolar-mais-alto-deixa-o-brasileiro-mais-pobre-veja-quem-ganha-e-quem-perde.htm. Acesso em 23 de setembro de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

Carga tributária vai acima de 40%. E agora?

. Entre os economistas que acompanham as contas públicas, existe quase um consenso de que a equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já conseguiu algo como 0,7% ou 0,8% da meta de 1,2% do Produto Interno Bruto para o superávit primário (a economia para o pagamento de juros da dívida). Mas cresce também o consenso de que, como ocorreu em outras ocasiões em que o Estado gastou mais do que podia, que haverá aumento de carga tributária. Alguns já têm até uma projeção de quanto será a conta para o contribuinte. “Aposto com qualquer um que teremos entre 2015 e 2016 um aumento de pelo menos 2 pontos porcentuais: a carga tributária vai superar 40% do PIB”, diz o economista Mansueto Almeida. “Acho terrível e isso vai comprometer o crescimento do País, mas não haverá outra alternativa porque este é um ajuste muito complicado de ser feito.” Segundo Mansueto, a reestruturação das contas públicas pode não se restringir a 2015. “Vai se estender por 2016 e não ficaria surpreso se perdurasse por todo o governo Dilma”, diz Mansueto. Em sua projeção, ele leva em consideração que as receitas estão em queda, por causa do baixo crescimento, mas estão previstos aumentos de despesas e há muitas contas pendentes criadas na gestão anterior. Em março do ano passado, por exemplo, o governo foi generoso com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Abdicou de pagamentos de juros que cobriam repasses feitos pelo Tesouro Nacional. A carência foi estendida. “O principal de uma dívida do BNDES de R$ 194 bilhões foi renegociada e só começa a ser pago em 2040”, diz. Levy já fez algumas mudanças na estrutura dos gastos que ajudam. Se enquadram, neste caso, alterar as regras de concessão de abono salarial e seguro-desemprego. Mas também adiou investimentos e gastos. Muitos deles não poderão ficar represados por muito tempo. É o caso dos recursos para a educação. Entre janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, as instituições federais de ensino sofreram uma redução de quase 34% na verba dirigida ao seu funcionamento. “Não há como segurar coisas assim por muito tempo”, diz o economista. “Em algum momento será preciso elevar a tributação.” . FONTE SITE http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economiaenegocios/carga-tribut%C3%A1ria-vai-acima-de-40percent-diz-economista/ar-AA9wgKY. acesso em 09 de marco de 2015