quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Lei anticorrupção será gatilho para alavancar seguros contra erros de administração

SÃO PAULO - Desde a crise mundial de 2008 as preocupações aumentaram sobre a responsabilidade de administradores pessoa física por erros na prática da gestão de companhias, o que tem impulsionado o segmento de seguros de responsabilidade civil dos administradores (conhecido como D&O, na sigla em inglês). A atuação mais ostensiva da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no caso das empresas com capital aberta, já tem sido um forte incentivo para o aumento da procura por este tipo de seguro. O principal impulso aconteceu com a Instrução CVM 480, publicada em dezembro de 2009, que trata da apresentação das informações periódicas prestadas por emissores de valores mobiliários e “veio para aumentar a transparência da empresa com a CVM e o investidor". Naquele ano, o segmento registrou o crescimento mais expressivo dos últimos anos, crescendo 46% entre 2009 e 2010. Em 2013, o volume de contratações desta modalidade de seguro aumentou cerca de 10%, de acordo com o último balanço divulgado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que compilou os dados até o mês de outubro. Agora, a categoria deve ganhar mais impulsos. Um deles é o preço considerado razoável para contratação. O outro é a lei anticorrupção, prevista entrar em vigor no mês de fevereiro e que promete fechar o cerco para as punições de erros e omissões na administração de empresas. "O mercado como um todo espera ter um aumento da demanda por seguros D&O com a entrada da lei anticorrupção. Em qualquer situação em que entra em vigor uma nova lei, tende a movimentar a procura por seguros", afirma Marcio Guerreiro, presidente da comissão de responsabilidade civil geral da Federação Nacional dos Seguros Gerais (Fenseg). A Controladoria-Geral da União (CGU) afirma que, na esfera judicial, poderá ser decretado perdimento de bens, suspensão de atividades e dissolução compulsória, além da proibição de recebimento de incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, por determinado prazo. As penas administrativas serão aplicadas pela CGU ou pelo ministro de cada área. De acordo com a lei, empresas podem ser multadas em até 20% do faturamento bruto no situação em que algum funcionário se envolva em atos de corrupção. A nova lei determina ainda a desconsideração da personalidade jurídica de empresas que receberam sanções, mas tentam fechar novos contratos com a administração pública por meio de novas empresas criadas por sócios ou laranjas. Como funciona o seguro O seguro D&O tem como função proteger o executivo em caso de reclamações de terceiros, que podem ser tanto regulador, funcionário, fornecedor ou acionista. Essas reclamações comumente estão relacionadas às responsabilidades do gestor, em muitos casos exigindo o ressarcimento com o patrimônio pessoal do executivo. O seguro tem a proposta de proteger o patrimônio do segurado, podendo ser utilizado em casos de condenação judicial por decisões tomadas durante a sua gestão. A apólice cobre desde custos de defesa até uma mesada em caso de bloqueio ou penhora de bens. Confira alguns tipo de cobertura oferecidos pelo seguro D&O. Estas coberturas podem ter alterações dependendo do tamanho da empresa, categoria do seguro e necessidades de cobertura. Fonte: Grupo ACE Brasil. Fonte site: http://dinheiro.br.msn.com/suascontas/lei-anticorrup%C3%A7%C3%A3o-ser%C3%A1-gatilho-para-alavancar-seguros-contra-erros-de-administra%C3%A7%C3%A3o#page=0. Acesso em 09 de janeiro de 2014

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